O cérebro tem preocupação como uma resposta ao medo e à ansiedade. A ansiedade pode ser considerada uma versão “fantasma” do medo, pois, ao contrário do medo, com um alvo certo e específico (um porquê que existe), a ansiedade é normalmente inespecífica, ou seja, não está diretamente relacionada a um evento amedrontador que esteja ocorrendo no momento.
Preocupação de curto prazo
O cérebro cria a preocupação porque no curto prazo, a preocupação pode fazer com que ele se sinta um pouco melhor, pois dá a sensação de que se está fazendo algo sobre os problemas. Estudos mostraram que a preocupação acalma o sistema límbico, partes do cérebro associadas às emoções. Os estudos de imagem mostram que a preocupação aumenta à atividade no córtex pré-frontal medial enquanto diminui a atividade na amígdala (estrutura que processa o medo). Isso pode parecer contraintuitivo, mas, do ponto de vista neural, quando uma pessoa está sentindo ansiedade ou medo, fazer algo a respeito – até mesmo se preocupar – é melhor do que não fazer nada.
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A preocupação é uma resposta ao medo e à ansiedade, pois no curto prazo, a preocupação pode fazer com que ele se sinta um pouco melhor, dando a sensação de que algo está sendo feito em relação aos problemas.
Estudos mostraram que a preocupação acalma o sistema límbico, partes do cérebro associadas às emoções. As pesquisas de imagem revelam que a preocupação aumenta a atividade no córtex pré-frontal medial, ao mesmo tempo, em que diminui a atividade na amígdala (a estrutura que processa o medo).
Embora possa parecer contraintuitivo, do ponto de vista neural, quando uma pessoa está sentindo ansiedade ou medo, fazer algo a respeito – inclusive se preocupar – é mais benéfico do que não fazer nada. Essa atividade cerebral pode ajudar a lidar com as emoções negativas e permitir que a pessoa se sinta mais proativa, mesmo que não haja uma solução imediata para os problemas.
A preocupação pode levar a pessoa a produzir ideias recorrentes, criando cenários e buscando soluções para afastar ou se preparar para o suposto perigo. É como se o ato de se preocupar em perder dinheiro desse ao cérebro uma sensação de que a pessoa está tomando alguma atitude em relação à situação. Essa sensação de agir, mesmo que apenas mentalmente, pode acalmar o cérebro e fornecer um certo alívio temporário para a ansiedade ou medo associado à possibilidade de perda.
Bem, mas o medo não é ruim. Ele é uma emoção útil e necessária para a sobrevivência da espécie; sem ele, não estaríamos aqui para escrever este texto. Porém, ele ativa comportamentos padronizados pela evolução que fazem com que a pessoa tenha o impulso de lutar, fugir ou paralisar. No entanto, essa resposta não é a mais eficiente em situações que requerem o máximo do pensamento lógico, como aquelas enfrentadas por operadores de mercado, empreendedores e atividades que demandam tomada de decisão rápida e o seguimento de planos preestabelecidos.
O medo retroalimentado pela preocupação pode resultar em reatividade ou paralisia. Esses dois comportamentos, seguramente, podem levar a prejuízos em qualquer área da vida, mas, no trading e nos negócios empresariais, os efeitos podem ser sentidos muito rapidamente. Portanto, para lidar com a preocupação, é necessário enfrentar o que está atrelado a ela: o medo. Para dissipar o medo, é preciso romper com a realidade dele e modificar individualmente cada parte que compõe o cenário amedrontador.
Talvez você ache difícil lidar com a preocupação crônica, mas é importante ter em mente que, do ponto de vista do cérebro, mudar é 100% factível. Ele possui uma arquitetura configurada para isso. Igualmente importante é saber que você pode assumir o controle do seu cérebro, se assim decidir, e pode usar a neuroplasticidade a seu favor a qualquer momento. A chave para isso é aprender, aos poucos, a pensar corretamente. Abaixo vou deixar algumas dicas para ajudar.
Três ideias para ajudar na autogestão emocional
- Assuma a posição do observador, reconheça que você não é a voz que fica falando dentro da sua cabeça. Você é aquele que ouve a voz na sua cabeça.
- Pense que você tem um cérebro para usar assim como tem um pé; você só precisa aprender como ele funciona e como ele influencia suas ações. Aprenda o que tiver ao seu alcance sobre a ciência do cérebro
- Desenvolva a habilidade de pensar sobre o que está pensando em tempo real. Assim, minimizará a dissonância cognitiva